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Software legalizado

1 de julho de 2018
Software legalizado

A Buysoft também surgiu em 2010 e precisou se reinventar para chegar até 2018. No início a empresa revendia licenças de softwares originais. “Em consultorias o empresário em momento nenhum é instituído sobre o uso de softwares. Se fala sobre a necessidade de inovação e tecnologia, mas não sobre os softwares, embora eles sejam fundamentais nas empresas para o armazenamento de dados”, explica o fundados e CEO da Buysoft, Clemilson Roberto Correia.

Segundo ele, o desconhecimento da complexidade da legalidade de royalties desse tipo de produto, das maneiras de aquisição e até dos preços favoreciam o uso de produtos piratas. “Nossa intenção era mostrar como adquirir de forma legas os softwares e vender para quem quisesse comprar as versões originais”, diz o CEO.

Atuando na condição de revenda exclusiva, a Buysoft iniciou as vendas on-line e chegou à marca de mil empresas atendidas por mês na central telefônica de vendas, onde trabalhavam 30 atendentes. Mas em pouco tempo se deparou com um mercado em plena transformação, marcado pela queda da rentabilidade e o aumento da concorrência.

“Houve uma comoditização de softwares. E naquele momento percebi que não conseguiria sustentar a empresa com o mesmo modelo de negócio”, recorda Correia. Foi aí que a Buysoft passou a atuar na área de serviços, oferecendo implantação, gerenciamento e suporte em soluções digitais. Para tanto, foram feitos investimentos na contratação de técnicos especializados. “Presenciamos a morte de várias tecnologias. Então você se transforma, ou morre. E não adianta culpar a política e a economia se não fizer a sua parte e se adequar aos novos tempos”, sentencia o CEO.

Revenda oficial de marcas mundiais – Microsoft, Adobe, Autodesk e Kaspersky – a Buysoft atende clientes por todo o Brasil. Entre eles estão desde profissionais liberais, passando por micro e pequenas empresas até grandes corporações. “Por exigências legais da Receita Federal, houve uma mudança de comportamento entre as empresas priorizando o uso de softwares originais”, destaca Correia.

Segundo o CEO, 99% dos serviços prestados são feitos de forma remota, ou seja, sem deslocamento. Porém, se o cliente faz questão do atendimento in loco, o técnico vai à empresa para fazer a instalação ou suporte do produto. Hoje os licenciamentos de softwares representam 80% e os serviços, 20%.

Revista ACIM, Julho 2018. Reportagem//CAPA. Walter Fernandes.