Ele pegou R$ 3 MIL do cheque especial para montar uma empresa milionária na sala de casa
A pesar de ter optado por fazer história na faculdade, o paranaense Clemilson Correia, de 39 anos, nunca atuou nessa área. Foi no mercado de TI — tecnologia da informação — que ele se encontrou. Na década de 90, ele fez um curso de informática e começou a entender mais sobre o “mundo dos softwares”. Para pagar as aulas de informática, ele trabalhava vendendo cartões para os carros estacionarem na rua.
Com o tempo, o paranaense foi ganhando mais experiência na área de TI e chegou até a dar aulas em algumas escolas. Mesmo não fazendo faculdade de TI, Correia trabalhou em algumas empresas na área de tecnologia também.
No entanto, em 2010, se viu em uma difícil crise financeira. Estava desempregado e teve que vender seu carro para pagar suas despesas domésticas. Foi aí que surgiu a ideia de criar um negócio próprio. Ele não tinha investimento inicial, mas conseguiu um limite de R$ 3 mil no cheque especial para tirar seu projeto do papel.
Como trabalhava com tecnologia, o empreendedor percebia que as pequenas e médias empresas tinham dificuldades de contratar serviços de licenciamento de software. De olho nessa demanda de mercado, Correia fundou, em 2010, a Buysoft uma plataforma que permite que os pequenos negócios tenham acesso a programas de empresas como, Microsoft e Adobe de forma legal. “O próprio fabricante criou esse canal de venda de licenças a partir de parceiros”.
O empreendedor diz que o negócio a princípio não exigia muitos custos. Ele começou a moldá-lo dentro da sua casa. Em quatro meses, colocou o site no ar e passou a vender os contratos de licenciamento. “Temos serviços que autorizam uma empresa a usar o pacote office da Microsoft, por exemplo”. Com o tempo, o “negócio de garagem” cresceu e hoje já tem faturamento anual de R$ 25 milhões.
A Buysoft também dá uma consultoria aos empreendedores sobre quais são as melhores soluções para a empresa deles. “Há uma demanda por segurança de dados. Então sugerimos o armazenamento de dados mais específico”, diz. O consultor faz várias perguntas ao cliente até entender quais são suas necessidades.
Para Correia, as pequenas e médias empresas são desassistidas no setor de TI. No entanto, a tecnologia pode ser uma aliada para aumentar a eficiência dos processos. Ela pode facilitar a comunicação entre as diferentes áreas em uma empresa, facilitando a gestão e reduzindo o tempo de concretização dos projetos.